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26.7.10

Taylor Hawkins & The Coattail Riders - Red Light Fever (2010)


Há uns bons 15 anos, o baterista de uma famosa extinta banda de Seattle decidiu ir para a frente do palco e se aventurar como frontman em seu próprio projeto.
A aventura foi bem sucedida a ponto de anos depois, o agora plenamente bem estabelecido frontman(e baterista, e baixista, e o que der na telha dele) Dave Grohl inspirar seu próprio batera a fazer o mesmo! E é aí que Taylor Hawkins e seus Coattail Riders entram em cena, agora já em seu segundo disco Red Light Fever.

Talvez por não ter ouvido antes o primeiro disco da banda, talvez a proximidade de Taylor com Dave Grohl, talvez eu estivesse realmente pré-disposto a comparar a banda de cara com algum projeto ao qual o líder estivesse associado.
O fato é que bastaram os primeiros segundos da introdução de Not Bad Luck para o nome Them Crooked Vultures aparecer em letras garrafais na minha mente. E assim que a música começa de fato, é o Foo Fighters que surge como principal referencia.
Dado o tempo de estrada de Taylor ao lado de sua banda original, e sua proximidade musical com o vocalista, é bastante natural e até positivo ouvir o disco e reconhecer que ele continua sendo o baterista do Foo Fighters, mas o interessante aqui é sentir também um quê de Josh Homme, que ainda não existia no primeiro disco, perceptível aqui e alí na estranheza de certos fraseados de guitarra característicos dos projetos de Homme(principalmente aqueles em que Grohl está envolvido).

As referencias são evidentes(e em alguns casos como na já citada Not Bad Luck, ou Way Down, vez ou outra o Queen é claramente evocado), mas vale ressaltar a identidade própria e autonomia criativa de seu líder, que é visível no clima de maneira geral ensolarado e tipicamente californiano, e com um apelo pop dificilmente alcançado pelo Foo Fighters, pelo qual o disco caminha do início ao fim.
Seja pela psicodelia de Hell to Pay, o stadium rock Never Enough, ou o pós-grunge de James Gang, o disco mantem a sonoridade por um mérito que não pertence agora a nenhuma das referencias citadas, mas ao próprio Taylor Hawkins, que em meio a um caótico caldeirão de referencias, consegue falar mais alto e definir uma imagem própria com grande competência, revelada justamente nos pontos marcantes do disco.


O álbum foi produzido pelo desconhecido produtor e conhecido baterista Drew Hester que como todo bom batera deu tratamento especial para a cozinha. Não que tenha pecado em alguma coisa, muito pelo contrário, a surpresa só não é tão grande para quem já conhecia o trabalho dele em The Pretender, primeiro single do ultimo do Foo Fighters, Echoes, Silence, Patience & Grace que ele assina os creditos da mixagem. BZ


Gênero: Rock Alternativo
Lançamento: Abril de 2010
Produtor: Drew Hester
Para ter uma idéia, ouça Not Bad Luck, I Don't Think I Trust You Anymore e Sunshine

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